Doenças respiratórias se tornam mais comuns e preocupam autoridades de saúde durante os meses mais frios, de acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) e especialistas consultados pelo Correio. Um boletim da SES-DF sobre notificações de síndromes respiratórias agudas graves entre dezembro de 2023 e abril de 2024 registrou 1.885 ocorrências, ressaltando a sazonalidade desses problemas, que afetam as vias aéreas e os pulmões.
Segundo a pneumologista e professora de medicina do Ceub Lícia Zanol, o ar frio e seco do outono e inverno irrita as vias aéreas, tornando o corpo mais suscetível a doenças respiratórias. Crianças e idosos são os mais afetados, devido aos seus sistemas imunológicos mais frágeis, o que aumenta a demanda por leitos de UTI.
Para evitar essas doenças, o otorrinolaringologista Stênio Ponte recomenda aumentar a hidratação e usar umidificadores em ambientes fechados, além de manter as vacinas em dia, especialmente as da gripe e pneumonia, e a limpeza dos ambientes.
No entanto, a demanda por leitos de UTI não se restringe apenas a casos respiratórios. Jean Matos relatou ao Correio o caso de sua irmã Renata Matos, diagnosticada com doença autoimune, que teve que esperar vários dias por uma vaga no sistema público. A Secretaria de Saúde afirmou que os pacientes são selecionados conforme a gravidade do quadro, dando prioridade aos casos mais graves.
Diante desse cenário, é essencial que a população esteja atenta aos cuidados preventivos e que as autoridades de saúde reforcem a disponibilidade de recursos para enfrentar essa demanda sazonal e garantir o atendimento adequado a todos os pacientes que necessitam de cuidados intensivos.
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