top of page

Principais causas da perda auditiva em crianças


perda auditiva exames audiológicos otorrino pediatra df emergencia criança otorrinolaringologia asa sul asa norte brasilia distrito federal lago sul lago norte urgente ouvido nariz garganta adulto

Um dos sentidos essenciais para o pleno desenvolvimento da criança é a audição. A partir do quinto mês de gestação o bebê já escuta, dentro do útero da mãe, os sons de seus movimentos e da voz dos seus pais. Por meio dessa primeira experiência de audição, a criança pode desenvolver a linguagem, habilidade importante para se conectar com o mundo.


Qualquer grau de perda auditiva em crianças pode impactar no aprendizado e na linguagem, atrapalhando todo seu desenvolvimento. Em razão disso, é importante que todos os bebês realizem, em torno do terceiro dia de vida, o teste de Triagem Auditiva Neonatal, também conhecido popularmente como Teste da Orelhinha.


No entanto, esse teste só é útil para diagnosticar problemas auditivos congênitos ou relacionados ao pós-parto. Em alguns casos, a criança pode ter perda auditiva ao longo de sua vida, havendo prejuízo no seu desenvolvimento emocional, cognitivo, social e também na comunicação. Desse modo, é importante que dificuldades na audição sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.


É por esse motivo que, caso haja suspeito de déficit auditivo na criança, um médico especialista deve ser procurado. Continue a leitura deste post, saiba quais são as principais causas de perda auditiva em crianças e como identificar os sinais no seu filho.


Quais são os sinais de perda auditiva na infância?


Identificar um déficit auditivo é essencial para garantir que a criança se desenvolva normalmente. Como esse é um problema silencioso, é preciso que os pais acompanhem, de modo crítico, todas as etapas do desenvolvimento dos filhos.


Nesse contexto, é importante frisar a necessidade do acompanhamento com um médico pediatra nos primeiros anos de vida da criança. Esse especialista observa se a criança está se desenvolvendo e se já realizou os principais marcos de cada mês ou ano. Assim, caso seja muito cedo para os pais observarem alguma alteração, o médico poderá levantar a suspeitar e encaminhar a criança para um especialista em audição.


Um bebê de 0 a 6 meses já demonstra sinais de audição, visto que se assusta com sons repentinos ou muito intensos, podendo acordar ou até chorar. Além disso, ele também procura a origem dos sons e reconhece a voz materna, o que o acalma.


De 6 a 12 meses o bebê está mais ativo e localiza sons de seu interesse, reagindo a eles. Ele também pode reconhecer seu nome quando é chamado e começa a tentar se comunicar, com leves balbucios. Dos 12 aos 30 meses a criança fala a primeira palavra e pode até usar sentenças simples (com 3 palavras, por exemplo).


A ausência desses marcos pode significar um problema auditivo, o que deve ser investigado. No entanto, em alguns casos a audição pode ser perdida em uma idade mais avançada. Sendo assim, é importante observar se a criança:

  • tem dificuldades no desenvolvimento da linguagem;

  • troca letras ou fonemas com frequência;

  • vê desenhos na TV com um volume mais elevado do que o restante da família;

  • não interage adequadamente com crianças da mesma idade;

  • não responde quando é chamada;

  • tem dificuldade para entender uma conversa;

  • fala várias vezes “que?” durante um diálogo;

  • posiciona um dos ouvidos para frente para ouvir melhor;

  • chega muito perto das pessoas para escutá-las;

  • teve queda no seu rendimento escolar;

  • é criticada pelos professores sobre desatenção em sala de aula;

  • começou a falar mais alto do que as outras pessoas;

  • parece realizar leitura labial;

  • reclama que só tem um “ouvido bom”.


Caso a criança apresente um ou mais sinais, é preciso procurar um médico otorrinolaringologista. Esse profissional realizará testes auditivos específicos para identificar o problema e corrigi-lo, se for preciso.


Quais são as causas de perda auditiva em crianças?


Genética


Em muitos casos não se pode determinar qual é a causa exata do problema auditivo. No entanto, é possível suspeitar que a causa seja genética quando há história familiar de perda auditiva — principalmente se aconteceu com um dos pais da criança — ou se houver anomalias craniofaciais.


Além disso, se existe consanguinidade parental (pais parentes próximos) ou sinais de síndromes associadas à deficiência auditiva, também é recomendado realizar avaliação genética.


Prematuridade


O parto prematuro é um dos fatores que aumenta a chance de desenvolver surdez. Isso acontece porque podem ser usados antibióticos que causam lesão auditiva, chamados ototóxicos.


Esses medicamentos são essenciais para cuidar da saúde do bebê, visto que a sua chegada prematura ao mundo é acompanhada de um sistema imunológico fraco, o que possibilita infecções bacterianas severas.


Traumatismo


Um traumatismo pode provocar luxação ou fratura dos pequenos ossos localizados no ouvido médio, e pode ocorrer devido a quedas ou durante brincadeiras, por exemplo. Esses ossículos são responsáveis por transmitir a vibração do som, o que é importante no processo de audição.


No entanto, na maioria dos casos não há defeito neurossensorial, ou seja, não há lesão de nervos e outras estruturas. Desse modo, a sua correção é mais simples, visto que é preciso somente acertar a posição ou a estrutura dos ossos.


Doenças infecciosas


Durante a gestação, o bebê pode ser infectado por alguns agentes que causam danos à orelha interna. Entre as doenças se encontram a toxoplasmose, a rubéola, a sífilis, o citomegalovírus e a herpes. As doenças infecciosas são as principais causas de surdez congênita, em que o bebê já apresenta déficit auditivo ao nascer.


Nesse contexto, é importante que a mãe faça o pré-natal corretamente, visto que durante as consultas é possível tratar infecções e evitar que os agentes cheguem até o bebê. Além disso, antes de engravidar é preciso que todas as vacinas faltantes no esquema sejam tomadas com, no mínimo, um mês de intervalo.


Meningite bacteriana


A meningite bacteriana pode simular uma virose, com sintomas como febre e mal-estar. Além disso, rigidez da nuca, dor de cabeça e náuseas são outros sinais. É possível evitá-la vacinando a criança contra Meningite C, vacina disponível no SUS e que deve ser aplicada até os 3 meses de idade.


No entanto, se a doença evolui, pode deixar sequelas. Uma das principais é a surdez profunda, sendo que essa é uma das principais causas de surdez na infância.


Como as causas de surdez são inúmeras e podem acontecer em qualquer idade, é fundamental marcar uma consulta com um otorrinolaringologista durante o check-up anual da família. As células auditivas não apresentam grande capacidade regenerativa ou de cicatrização, ou seja, uma vez perdidas, pode ser impossível recuperá-las.


No entanto, se a perda auditiva for diagnosticada precocemente, as chances de recuperar a audição são maiores. Isso é especialmente importante para as crianças, que precisam de plena capacidade auditiva para se desenvolverem.

385 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page